Publicado  segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Cimentado de Rancor
Olhando a tua roupa
Delineando a curva do teu corpo
Acompanho às palmas dos meus olhos

Reféns do teu caminhar
As vias principais do amor
Indicam horas perdidas
Desvios descabidos
Sabido antes de dito
Esta avenida de tuas curvas não tem fim

Estou proibido de andar em você
De dirigir em teu corpo bêbado
Levando multa por encostar meu corpo no teu
Insistência de um amor com a vaga livre

Meio a meio
Junto o que me contas
Meio fio de desejo,meio tonto de amor
Estaciono-me em pavor
Tuas pernas conduzem meu estado
Subo à calçada
Em caçada aberta a teu corpo
Reivindico recobrir minhas vestes de asfalto
Rabiscar no pé do chão tuas iniciais
E eternamente caminhar em ti
Sem errar a direção pro teu coração
Cimentado de rancor.

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