Publicado  segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

LEILÃO DO DIA: IMPERATRIZ E SEUS GADINHOS

Eu nunca fui a favor de leilões agropecuários.Sempre sou da linha de que os animais precisam ser respeitados,não podem ser maltratados.Mas o agronegócio é forte,rende bem para a economia do Maranhão e seus agropecuaristas,fazendeiros ou algum peão de boiadeiro que mexa com animais de raça.E claro,esquenta as festas de Julho. Tudo bem,eu até frequento e vejo como uma forma capitalista,no mínimo,maldosa.
O problema,e eu adoro um problema daqui para debater por aqui, é que Imperatriz anda parecendo um gado Nelore.Um boi reprodutor,grande,que pode ser comprado por qualquer um,por qualquer preço. Explicando melhor a explanação do mato: Tem candidato das eleições passadas,lançando o nome à prefeito de Imperatriz. “Dou-lhe uma,dou-lhe duas,dou-lhe três...estou dentro,vou levar,tive 200 mil votos no Maranhão inteiro” Vendido. Voto é vendido,mas leiloá-lo é um novo jeito de eleger-se?
Alguém tem que ensinar pra estes pretensos a nada,que a fábrica de Luíses Inácios Lulas das Silvas,só conseguiu lançar um modelo original,top de linha,e somente com um defeito de fábrica,apenas acusando “problemas na contagem dos dedos” e “repetição nas falas”. Ou ensinar que a contagem de votos de um Estado,é diferente da contagem de votos de uma cidade. Imperatriz não precisa mais de aproveitadores sensacionalistas,candidatos preocupados com a renda mensal,ou homens egoístas,que olham para a cidade como olham para o quintal de casa. Imperatriz ainda está sob a administração de Madeira,e deve ser respeitado enquanto estiver no comando público.Não interessa se os cupins de plantão tentam desestabilizar o governo municipal,com essa chacotinha de que irão disputar a eleição municipal. Que invistam em gado,boi,bezerro,dá mais futuro que a política,lucro eu não sei. Deve,deve dar mais lucro. Sem ofender ninguém,claro.Mas que dá...
  basta estamos cercados nacionalmente, por uma corja que trabalha para si,trabalha por interesses próprios.Analisaremos 2011,com calma.Os últimos 03 anos,passaram sem a necessidade de marcamos tempo. Avaliar a prefeitura de Madeira,leiolando a prefeitura,é não entender como está a cabeça de Imperatriz. Ano passado,vimos que as novidades perderam o fôlego,e que o povo tem gosto tão azedo de velharia na boca,que é melhor mantermos o freio nos dedos,antes de escutar candidato que não ganha nem pra síndico de prédio ou líder de bairro.Confiança política é um ato conquistado em vários anos,e não em dois meses de campanha. A fábrica de Lulas tem atestado isso em frase, na bundinha do boneco.
A cidade cresce e os forasteiros sobrevivem pelas glórias do passado. Imperatrizense que se preze,deveria olhar de um ângulo meticuloso,o que este ano de 2011 prometerá para 2012. Tem muito gadinho querendo entrar no leilão de boi grande. Tem muito boi grande,com medo de ter o chifre cerrado.Não confundir com briga doméstica,por favor.
Nem deste tipo de leilão,vivem os mais ricos. De olho em salários polpudos e um sossego de 04 anos,os gadinhos de plantão tentam avacalhar a democracia da cidade.Imperatriz não elege gadinho. O setor agropecuário da cidade,mexe com história política graúda. Os gadinhos ainda tem muito capim político pra comer. Deixem os bois e os cavalos de raça se matarem na frente. Nós,o povo,sabemos que enquanto pudermos puxar a carroça e dar no lombo deles,teremos nossa maior chance: o eterno direito da escolha.  

Phelippe Duarte

Publicado  terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ato de Vaidade
Entre soluços e decepções
Terminei com meu mundo de ilusões
Pra te seguir
Rompi comigo mesmo
Larguei meus costumes pra me acostumar a você
Está uma bagunça o teu amor
Arruma a cama por favor
Que o novo abraço já chegou
Eu quis juntar teu nome ao meu
Num ato de vaidade
Comum insanidade do amor...


E já sei no que vai dar
Toda essa angústia de esperar
Esse jeito de te decorar
É só uma mania de me fazer bem
Lá fora eu abandonei
A velha segurança por um talvez
Pra te conhecer fiz tanta poesia
E o que precisava era só me apresentar
À tua loucura de me amar
Fiz tanto para um único beijo
Que nem notei a rota errada que entrei
Lábios tortos de tanto uso
Coração usado de tanto abuso
Me explica agora meu amor de momento
A volta de tanto soluço e decepção...

Está uma bagunça o teu amor
Arruma a cama por favor
Que o novo abraço já chegou...
Pra se despedir.

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ENCHENTE OU BIG BROTHER? A GENTE VÊ POR AQUI.
Às vezes nós reclamamos do que não gostamos. E nos damos insatisfeitos,pelo que sugere-nos o momento. Nossas escolhas são pautadas por nossas necessidades e desejos. Somos fieis ao nosso egoísmo.Estamos aptos a entender o que apenas nos serve como entendimento. E somos felizes,por morar onde moramos.Ou não?
As enchentes no Rio de Janeiro,mostram o quão estamos fora de rota sobre a força do mundo.Estamos molhados pelo incompreensível,pela expressão de raiva dos céus. Incomoda-me o Rio estar se afogando. Incomoda-me o Big Brother e as novas regras de violência. Nenhum sentimento de remorso,se as enchentes inundassem a programação do besteirol citado.
As chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro,já deixaram 356 mortos. O ano começou com tudo. 356 mortos. Fora os corpos que ainda não foram encontrados. E os babacas do besteirol global,estão longe do mundo,das notícias do Rio. Melhor que estejam. Iriam fazer o que pra salvar as pessoas carregadas pelas enchentes? Gritar? “ Ihú Bial,isso é demais,ajuda ali!” Faça-me o favor. Desligue seu televisor,e acompanhe as notícias,tente sentir o ambiente da sua casa,do seu quarto,da sua sala de star. Veja como é importante a posição que a presidente vai tomar,além de sobrevoar,como é de praxe,os estragos feitos pela chuva. Ah,e de liberar alguns milhões,para ajudar a família dos mortos e os barracos que agora,sim! Podem receber ajuda. O governo lança o dinheiro,depois que a casa cai. Depois que o quarto da criança sem oportunidade na vida,é desabado. O governo libera o dinheiro,depois que dá uma olhadinha lá do céu, e vê se realmente precisa de uma mão. Àquelas pessoas,precisam há muito tempo. E não precisavam ver suas casas e seus entes,morrendo sem chance de respirar,ou de dizer um último adeus. A natureza não dá tempo para despedidas.
A mão que socorreu,foi a mesma soterrada. Um dos corpos encontrados foi o do bombeiro Vitor Lembo, que estava trabalhando no Centro da cidade, na última quarta-feira, quando foi soterrado com mais dois colegas. Seu corpo só foi retirado dos escombros na manhã de quinta, sob lágrimas e aplausos. Além da família, colegas de trabalho, como o coronel Suarez, diretor-geral de saúde do Corpo de Bombeiros, e um outro agente, vítima do mesmo desabamento, mas resgatado com vida, choravam. “Tchibum! Um Big besteirol pulou na piscina,vamos ver!” Mais interessante? Para a audiência brasileira sim. Em 20 anos,contando daqui,lembrarão das vítimas das enchentes,dos corpos,das casas destruídas,das famílias arrasadas,ou dos 11 milionários de bolso,pobres de cabeça,do programa mais imbecil da história da tv? Ainda falarão da Solange,a doida do Iárnuou,iárdéchildrens. A criatividade do entretenimento,está de férias há muito tempo. E o solidário brasileiro,prefere deixar nas mãos dos bombeiros,médicos e policiais,a função da ajuda. “Eles que resolvam,são (mal) pagos pra isso.Liga a tv,que a gostosa do travesti vai pular na piscina”.
Este ano,não deveriam sequer,brincar com a mente da população brasileira. Que Dilma olhe com cuidado e acione o que for preciso,para enfrentar a raiva dos céus,auxiliando cada morador sofrido. O bombeiro e seus colegas soterrados,deveriam ter honras de chefe de Estado. Mas a idiotice brasileira é tão grande,que os fogos e os aplausos,só explodirão para o novo campeão da Big Brother Mediocridade.







Phelippe Duarte

Publicado  quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Manhã Cinzenta

Não há sofrimento
Se escolhi o amor como caminho
Sem te ver eu ainda estou bem
Agora só darei as caras
Quando ninguém falar de ti
Já basta te ver aqui
Dentro de mim
E ter ao meu lado
Uma ausência que me conforta
Mesmo quando eu sabia que você já ia embora
Eu só sabia te amar cada vez mais

Eu escrevo minhas dores
Numa tentativa de ser um homicida –verbal
Teu corpo fugiu dos meus olhos
Mas ainda sinto que partir
Nunca é um adeus

Eu só quero deitar em paz
E acordar numa manhã que não seja cinzenta
Eu mesmo faço meu Sol
E só darei as caras
Quando você se pôr.

Sinto que falta algo.
E continuará faltando.
Pois lembrar, fará parte do que escolhi.
Não há amor
Quando o sofrimento é o caminho.

Phelippe Duarte 

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RELÓGIOS NOVOS

Todos vivemos no tempo em que nascemos. Mas nunca pensamos além do tempo em que não vivemos.Vivemos uma história que não é nossa.O tempo passa apenas.Na verdade ele é só um relógio que precisa de um braço ou uma parede.Vivemos mil anos no tempo em que vivemos,sentimos mil sensações sem ao menos nos dedicar de verdade a alguma delas. Tem gente que precisa de viagra pra aumentar a vontade de viver.
Você nasceu em 1930, mas sempre quis saber como seria 2011. Posso dizer, que continua a mesma falência de amor que a sua época.A pequena diferença, é que passamos a exportar corrupção com força total.Fabricamos política pobre,ladra.O maquinário é mais científico,as ampolas soltam cifras. Os espíritas tentam encontrar pessoas de outras dimensões para um conforto inútil e passageiro.Os católicos prezam por ideias que são correntes mundiais,mas veja bem,não é que foram desrespeitadas, é porque tem sempre alguém que pensa diferente.Isso faz o planeta girar: pensamentos diferentes.  Mas o tempo em que você reside transcorre e você nem sente São segundos em que ficam para trás, o pior erro da sua vida, ou o melhor acerto. No final, é tudo a mesma coisa. É como um liquidificador , você joga tudo, preenche tudo.Todas as coisas diferentes, todos os partidos políticos, todas as carreiras humanas, no fim, dá sempre igual. Isto prova, que o tempo é apenas o que seu olhar traseiro vê na privada.Enquanto uns aproveitam o tempo furtando, outros aproveitam sentados numa cadeira , no final da tarde, contado os próprios sonhos. Não caem do céu. O tempo perdido, de Renato Russo, é uma prova da verdade que digo.Somos tão jovens, e queremos apenas um abraço forte. Mas na ideologia do tempo, um dia sempre seremos jovens por alguns anos. O que nos torna piores, é a ideia de que podemos impedir que a nossa pele derreta. Pobres babacas, pobres pessoas. O que importa, é a vida que você tem. E não há tempo nenhum que faça isto passar.Não precisa escrever livro, plantar árvore ou ter filhos. De alguma forma, a sua passagem pelo mundo valeu a pena, até porque,você sempre faz o que quer, mesmo obedecendo às horas. Na verdade, para que existem as horas, se sempre vamos viver em prol de nós mesmos?Não entendo. Talvez seja por isto, que passamos o tempo todo sem vivermos nossa épocas.Vamos correr para o ensinamento antigo de Sócrates,mesmo estando em 2011.Resgatamos inteligência,porque o mundo priva-nos de sabedoria.Estamos no reinado da futilidade.O antes,ofusca o amanhã. O fim, é sempre o mesmo, seja você rico ou pobre, preto ou branco, índio ou urbano.
No liquidificador do tempo, cabem todos.  Viva um ano, que será igual há quem viveu mil anos. A respiração foi do mesmo ar. Não há retoques na vida, e sim relógios novos. Apenas, mais uma forma de controlar o tempo que você tanto valoriza.Tempo não é dinheiro, tempo não é cor, tempo não é doutor de dor de amor.Tempo é apenas, a idade que você tem. Simplesmente, desde que você morava num saco. E afinal, não perca tempo lendo esta bobagem.Se já chegou até aqui,é porque leu. Seu bobo. Esqueça que sexta,foi o último dia de 2010. Lembre-se que 2011,chegou. Tão cedo que nem vimos,tão tarde,que já nem o vejo. Tempo. Passa,que nem vemos.Pegamos carona,só pra acompanhar.Dê corda. E vá comprar um relógio novo, que dá mais futuro.
O que você fará nas próximas horas de 2011? Tic-tac,tic-tac...

Phelippe Duarte ( Feliz tempo novo.)