Publicado  segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O SOL É TÃO LINDA

Muitos homens tem muita sorte e acham que é somente sorte.Por vezes é um acaso,que se mostra no desencontro do real momento onde sim,é para existir um encontro.Homens que superam-se,às vezes pela bravura que consta no sangue,no expelir do suor. Mas no entanto,divergem na prepotência do egoísmo: Sou eu que consigo tudo isto sozinho,ou tenho algo a mais,do que sorte?
Eu não conheci meu avô,Sebastião Curt. Sei dele muito pouco,mas não precisaria saber muito mais,para saber o quão foi um homem bom,justo e pai exemplar. Não sei nada mais do que contam,que gostava de uma comida boa,uma cachacinha,adorava atravessar o rio Tocantins,e tinha uma oficina,onde brincava com a inteligência em saber como funciona os segredos de um carro. O que mais sei dele,e o que mais ele também soube,é que ele teve muita,mais muita sorte. Porque como eu,meu avô soube que homens de verdade,precisam de mulheres únicas. Muitos como ele,eu e  alguns homens,(poucos tem esta inteligência),sabem que estas mulheres,são como o Sol em nossas vidas: esconde-se a noite,mas nós sabemos como brilha.
O Sol é Linda. Esposa do meu avô Curt,ela é pai e mãe de cinco filhos,( em 1977 aos 39 anos,Curt falece),lindona,enxuta e gosta de uma cervejinha nos momentos especiais. O Sol é Linda. Minha avó,completou na última quarta-feira 75 anos de vida. Idade é teoria. Vida é prática. Lindioneza,apelido claro de beleza,Linda,é uma mulher diferente,para mim. Aos 39 anos,ao perder o amor da sua vida,até porque,desde então,vovó cuidou dela e dos filhos,não tendo mais ninguém,dando esta oportunidade apenas para meu avô,aquele sortudo filho da mãe. Trabalhou duro,manteve-se firme no que a vida lhe propunha. Não matou um leão por dia.Os leões nem apareciam,com medo dela.
Lembro-me bem,quando era moleque,subindo e descendo a rua da 15 de novembro,com meus irmãos e primos,brincando de contar carros,nas ruas,que o cipó doia.Quando a gente aprontava,ela arrancava um galhinho que fazia com que corressemos até cansar. Vovó sempre foi e é assim: disciplinadora. Por este e outros tantos motivos,é que quando fui crismado,na Igreja São Francisco de Assis,a escolhi para ser minha madrinha. Desde então,quando converso com ela sobre isso,a chamo de “ vovódinha”. É um amor de pessoa. Eu adoro quando ela me dá puxão de orelha pra ficar mais em casa com mamãe,ou visitar meus avós paternos. Ela se importa com todos a sua volta. E é a  mais forte de todos.
75 anos do total entendimento do que uma mulher pode significar para um homem. Seja ele seu esposo,seu filho ou seu neto.Eu a admiro e a amo digamos...de uma forma cotidiana.Que tal um pouco de conhecimento,fora este empírico amoroso?
O termo avós, é oriundo do acusativo latino "avōs", plural de "avus", avô e "avia", avó. A razão para o feminino avó possuir a vogal "o" é porque o termo é derivado do diminutivo baixo-latino "aviola" e não do nominativo oficial "avia". Hipocorísticos lusófonos possíveis são:vovô e vovó, vovôzinho e vovózinha, as abreviações coloquiais  e  além dos afetivos nena ou nana e neno. Sendo um país de imigrantes, é comum no Brasil que descendentes de estrangeiros chamem seus avós pelos termos nas línguas estrangeiras destes ancestrais e sendo um país de famílias multi-étnicas é usual também a possibilidade de termos diferentes para cada par de progenitores. Descendentes de italianos corriqueiramente chamam seus avós de "nonni", "nonno" para avó e "nonna" para avó, com o diminutivo afetivo "nonnino" e "nonnina". Descendentes de alemães e holandeses usam os hipocorísticos afetivos "opa" para vovô e "oma" para vovó.
Mas vó Linda,isto é só um trecho de Wikipédia. O resto inteiro do artigo,é somente amor pra senhora. Ah,e detalhe: o seu macarrão,me faz te amar cada vez mais.

Phelippe Duarte
Cronista e poeta

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