OBVIEDADE 1 X 2 HOLANDA

Publicado  sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eu não vou criticar. Não vou ofender,nem constatar o que parece ser óbvio. Nem que digam,quando a situação chega a um extremo,onde a lógica já não pode alcançar,é compreensível que devemos mudar,e rápido,o nosso jeito de ser,por necessidade das circunstâncias. O que o Brasil é afinal? Ou melhor,o que tornou-se o Brasil,da seleção,com ímpeto de força,de craques,de inteligência  e única,capaz de fazer com que o brasileiro coloque uma bandeira pra fora de casa,pois seus políticos não tem a moralidade para tanto? O que é isso?

O que significa,chorarmos por algo que esperávamos? Algo que sabíamos que tornaria-se real,a partir do momento em que precisávamos e mendigávamos mudanças? Me expliquem o sinônimo de derrota? Melo? Sim. Sem controle emocional. E quem não tem controle emocional,não consegue discernir a verdade. Não o culpo. Não culpo ninguém. Não critico quem acredita em suas convicções. Machuca apenas saber,que o óbvio venceu,quando nós poderíamos,no dia 11 de maio,ter mudado essa história. Mas daí,puxamos outros assuntos de mundiais,e a discussão gera mais conversa. É inaceitável morremos na guerra,sem os guerreiros certos. É injustificável,que um guerreiro antigo,não conheça e reconheça,que a sua bondade convocacional,levou 190 milhões de pessoas,ao fim esperado. Em crônica datada de 16 de maio,eu escrevi,em texto publicado no Jornal O Progresso:

"...A lista nos deu uma surpresa dentro de uma mesmice. A mesmice ganha as Américas e as Confederações. Mas não o Mundo. Que eu esteja errado,totalmente errado e que estes jogadores que queimam na língua do povo,calem a nossa boca. Eu creio que terei a boca calada até as quartas de final."

Sim.Eu sabia o que nós sabíamos. A lógica só é ilógica,quando há chances de mudar concretamente. Não falo de gaúchos,mero marketing atual e 30% do que foi. Não digo de meninos,nem de vilas ou vilarejos. Falo de homens de verdade. Homens que sentiam a limitação de onde poderíam ir,mas pra dignificar o comandado,lutaram até onde suas forças pararam. União vence muitos desafios,mas a obviedade,escancara os desafetos técnicos. A seleção tinha em seu melhor,a defesa. O que vamos fazer em uma copa,onde a defesa é o ponto alto? Se a defesa é o ponto alto,não é porque joga mais? Calma. Não estou criticando.Apenas escancarando os desafetos técnicos. Coerência correta é a coerência que enxerga possíveis mudanças. E infelizmente,a teimosia do professor,fez a diferença para o time de laranja.

Chegamos ao fim. Eu calei minha boca até as quartas de final. Calei,quando Maicon fez um golaço e me emocionei,levando os braços aos céus,quando Robinho fez o primeiro contra os laranjas. Entristeci,quando vi que nosso Kaká,está com os dias contados no futebol. Jogando no sacrifício,merece ainda,o mínimo de nosso reconhecimento,pois acreditou ser esta sua copa. E a obviedade de suas dores,não permitiu. Tenho que agradecer a Felipe Melo. Obrigado cara. Você demonstrou o que nós sabíamos que era verdade. Suas atitudes nesta reta final,foram dignas de um carniceiro silencioso,daqueles que caçam,à espera de um tiro fatal. Você não foi expulso do jogo. Você foi expulso,do coração de milhares de pessoas,que ainda acreditavam em um senso de sanidade dentro do seu coração. Mas a cabeça do homem,é comandada por travas,em seu caso.

Uma pena. Não critico,não emociono-me. Disse e reafirmo,que não houve glória em nenhum dia desta seleção,mesmo com títulos costumeiros de ganharmos. Glórias são para vencedores ilimitados. Os comuns,ficam para a história,como está infelizmente ficará. Se em 2006 havia putaria fora de campo,em 2010,a putaria,instalou-se dentro.

Paz Dunga. Você foi um grande jogador,falei merda,quando disse que fora melhor um tico,do que Melo.Me destes alegrias. Felipe me deu,uma voz rouca que incomoda até agora. Como técnico,paciência. Sim,é o jogo de baralho. Vá pra casa,professor.

Phelippe Duarte

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