APITA JUIZ,PELO AMOR DE DEUS!
“Bem amigos de Imperatriz! Falamos ao vivo do campo Frei Epifânio D´ Abadia,temperatura de 30 graus,quente para uma partida manipulada pelos óbitos que entram e saem de campo. E lá vem eles,o time dos Assassinados & Injustiçados: Renato Moreira,Dorgival Pinheiro de Sousa, Dr. Valdeci,Ivanildo Jr.,Pe. Josimo,Jefferson Lucena,Ezir Leite e Cachorrão! Um time que tem como característica assassinatos de encomenda e que parte para a defensiva quando o assunto é solucionar seus casos.
Olha o time adversário entrando em campo! Opa! Cadê os jogadores? Será que mataram também? Procura ai debaixo do campo gandulinha! Ih,é o craque dos craques que vem subindo o vestiário,sem ninguém ao lado,com sua pose de vencedor,sua áurea de incontáveis casos perdidos,seu jeito simplório de dizer que já levou consigo vários inocentes,e que seu contra-ataque com a covardia, levará para o túmulo todos os que o atacarem.Artilheiro nato dos campeonatos de chacina,ele:o Senhor Impunidade. Camisa dez na cidade de Imperatriz,bate um bolão quando a mídia enfoca um caso e quando o mesmo sufoca-se sozinho,escondido entre arquivos mortos.”
Esta é a nossa Copa do Mundo imperatrizenses. Não condenem Roberto Cabrini,pela verdade proferida. O calibre dele pode ter tido o alvo certo,mesmo nós, querendo que tenha sido errado. Quanto mais discordo do jornalista,mas a cidade me mostra o contrário. É uma pena. E em um momento,no qual a administração pública vem fazendo o possível para a máquina funcionar,buscando investimentos,calçando Imperatriz,olhando para todos como um. Sabem quem é Roberto Cabrini no jornalismo nacional? Deixe- me abrir a mente pequena de certas pessoas que não enxergam a dura realidade: Jornalista há mais de 28 anos,correspondente da Rede Globo em Nova York por quatro anos e Londres pelo mesmo período. Cobriu 6 guerras internacionais:
Afeganistão,Iraque,Palestina,Camboja,Caxemira e Haiti. Ao vivo,em 94,deu a notícia para milhões de brasileiros,da morte de Ayrton Senna. Jornalista premiadíssimo. Fora do campo da profissão,foi pego com papelotes de cocaína em 2008,e o arquivo está em aberto,o que não interferiu em sua reconhecida carreira ( sem trocadilhos). Cabrini pode ter sido agressivo ao afirmar “ capital da pistolagem”,mas foi dócil,perto da realidade em que vivemos. Não falaria asneiras,sem antes saber que saem orelhas pontudas de sua cabeça. Ele tem o direito de opinar,respeitemos opiniões “chucras” ou não.
Nacionalmente,a cidade é conhecida desta forma. Tenho um amigo que mora fora,que tem o apelido de Matrix. Dizem que ele vive desviando de balas. É a situação infeliz de como nos veem. Esquecem da força da agropecuária,da energia,da economia,do mercado aberto a grandes investidores. Esquecem,pois ninguém nota notícia morta. Imperatriz nunca esteve em tempos tão perigosos,mesmo que desenvolvidos mercadologicamente. Pede-se crime,como pede-se pizza.
Roberto Cabrini,narrador imaginário do início desta crônica,não imaginou o que disse.Nem tão pouco,teve como referência óbitos falsos.É a verdade nos cantos mais sombrios de nossa Imperatriz. Mas o que fazemos? As autoridades incomodam-se com o cara,que falou o que nós tememos e viramos o rosto para não acreditar,por queremos um amanhã sem estampido de bala ou sem um conhecido morto,caído em nossos braços,como a mãe segurou Clóvis Aguiar,ou os vendedores do mercado, seguraram meu tio Renato Moreira. Preferimos,como um todo,ir atrás de Cabrini,ouvindo tiros de 38 e ligações secretas pro disk-crime.
Que o juiz apite logo,o final deste jogo. Já não há mais razões pra viver/morrer assim.
Phelippe Duarte
Publicado segunda-feira, 5 de julho de 2010
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Phelippe Duarte
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06:43
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