BANDO DE FILHOS DA PÁTRIA
Quem foi a pátria que nos pariu? Tragicamente escrevendo,tirando de uma barriga de aluguel,com pagamento mensal atrasado,a marca mais indiscutível da atual democracia brasileira: os filhos da pátria. Que não perdoam nem os irmãos brasileiros.
A sujeira neste país,sai debaixo do tapete quando o gosto pela sacanagem,pela desestabilização emocional ao outro,é a oportunidade viável para um inevitável fracasso alheio. A pátria que nos pariu,cospe em nossa cara. Quando não é corrupção é quebra de sigilo fiscal. Os efeitos mostram-se devastadores e uma pluma de heresia em pensar,que podemos estar livres da ganância,da ambição,da disciplina e da motivação pessoal de um político rumo ao poder,de ter o poder,são lúdicas. Estamos como cordeirinhos soltos sem proteção,numa roda de lobos engravatados. A quebra do sigilo da filha de José Serra,é uma tática imunda usada para prejudicar um candidato,que nem chega a ameaçar a campanha que lidera as pesquisas. Pesquisa que é feita antes das eleições. Lembre-se que a popularidade do presidente é que pode eleger Dilma,e esta popularidade,nós já sabíamos que elegeria até um estrangeiro. Abraçados com a conivência, acatamos a desordem da evolução do retrocesso,e vemos os absurdos tornarem-se comuns. Será que toda eleição,precisa odiar tanto a honestidade? Política é sempre um assunto associado à corrupção? O que significa sigilo para o Fisco? Uma revista pornô,de acesso grátis?É melhor eu andar pelado pelas ruas,com as contas de casa pregadas na bunda e os extratos do banco na testa. Não,eu seria preso por desacato,e os impunes,claro,livres. Mas para ser preso,dependeria de onde eu não pregasse as contas...
Lula já foi vítima desta atrocidade política,da mediocridade da política brasileira. Quando disputava com Collor,seu fiel eleitor e aliado hoje,foi alvo de ataques que jorraram bizarrices ao eleitor,bobagens insanas,que favoreceram a sua candidatura e a eventual vitória,naquele ano. Houve um pedido de desculpas? Duvido. No máximo,uma frase: “ Companheiro Lula,sabe como é...política é assim”.
Decorrendo sobre esta nojeira, veio-me o pensamento de que a popularidade do presidente,esconde a verdadeira face do governo. É indecente aceitarmos o que os olhos veem. Não há culpados neste caso de Verônica Serra. Não é de hoje que a banalidade vence. A única surpresa é a de que a maioria do povo,ainda não acordou para onde o caminho de tantos anos de sofreguidão na política,está nos levando. Não importa se estamos no G-20.Não importa se a nossa economia está bem. Não quero saber se o cidadão que não trabalha, ganha mais do que eu,pela ajuda assistencialista do governo. Eu quero saber é quando vamos acordar. Só o que deve ter,é despertador rouco.

Talvez,o que precisamos é de um país mais sério. Que respeite o cidadão,antes de ele ser um cargo. Daqui uns meses,não falarão mais da quebra de sigilo da filha de Serra,ou do mensalão,que deu fama e notoriedade popular aos seus envolvidos. E que ainda corre na justiça. Daqui uns meses,Dilma talvez,trocará de faixa com Lula,enquanto na maternidade da política,a pátria parirá vagabundos a todo instante,em busca do poder irrestrito. Estamos sendo estuprados,e sem camisinha.
Abraham Lincoln,16° presidente dos EUA, não precisou usufruir do poder, para absorver o que nunca mudou e nem viver o hoje,para rotular nossa política, com uma frase já típica para a época que exerceu o cargo: "Quase todos podemos suportar a adversidade, mas se quereis provar o caráter de um homem, dai-lhe poder."
E quem tem o poder agora no Brasil,se tiver caráter,este está em sigilo total. Quem sabe,o secretário da Receita não dá uma forcinha,e quebra esse segredinho pra gente?



Phelippe Duarte