UMA VEZ VIDA,SEMPRE VIDA.
O engraçado da vida,não é rir quando estamos fingindo felicidade.Não é quando nós somos atingidos pela única certeza tola da vida,inviável aos sonhos,viável à realidade,a morte. E nem quando o silêncio espalha-se como um câncer,acomodando no peito uma deliciosa solidão,tão amarga na borda de um copo de álcool,como voraz,no semblante à olhar uma parede vazia,com telas secas. A vida é uma arte inimitável. O único dom que se tem. A única sabedoria empírica que ensina,que diverge,que transforma. Colecionamos ideias,distúrbios.Figuramos na categoria de intelecto quando somos infiéis ao conhecimento. Sócrates dizia que “ a vida que não se examina,não vale a pena ser vivida”. Um tiro em nossa soberba.
A menina que caiu de um carro em movimento,na rua 15 de novembro,mostra a estupidez com a qual tratamos a vida. Como revelamos todos os dias, num calendário de dias marcados para baboseiras humanas,a insensatez humana cicatrizada em nosso cérebro.“Burros!”O crédito que temos,não está nos bancos,nem em bares,supermercados,esquinas,paradas de ônibus, ou qualquer outro buraco que chamam de lugar. O crédito é a sensação de estarmos vivos. Neste descrédito total desumano,que concentra-se em destituir o bando de idiotas autodestrutivos que são convencidos de que,um cavalo de pau é que dá a sensação de vida, minha cabeça estufa os meus olhos para frente, numa batalha que dificilmente será vencida por meus pensamentos de sobrevida para estes casos. Eu penso, os olhos se negam. A visão mais perfeita do que eu poderia imaginar, poderia ser diferente mesmo sendo igual como veio mostrada: A menina viva,divertindo-se,mas não guiada pelas mãos de um babaca exímio de 10% de mentalidade animal. Mas pelas mãos do bom senso,da antiignorância. Que Deus a tenha. Percebemos a vida na porta de uma Igreja,pedindo benção. Percebemos vida,andando como mendigos de ar,ao passarmos por fumantes no fim da vida. Observamos vida,no lugar que dá conforto aos que partiram,quando passamos na rua de um cemitério. Vida.
Há tempos,eu não andava pelos corredores de um hospital. Subindo e descendo rampas que desferiram socos na minha casa,no meu quarto,na vida da minha família. Nos corredores de um hospital,que tanto eu vi a morte.Que tanto perseguiu-me num amanhã possivelmente mórbido. Esses dias recentes,foram diferente. Eu segui o rumo da vida. Subindo e descendo rampas,que mais pareciam jardins floridos,soltando pólen nas minhas veias,formando asas para minha felicidade. O cheiro de morte ainda estava ali,mas o perfume de vida transpirava,anulava a desgraça do fim.
O menino João Paulo,nasceu, e no sorriso da minha família,eu vi o tanto que precisávamos de vida. Chegou a hora de cuidarmos da vida. De largamos o trabalho,a confusão do dia que nunca se encerra (pois não o esquecemos). Que o fim dê um tempo para nós. Vamos pensar na vida. Nas rugas novas da vida.
Eu te perdi
A vida te levou
O que fazer agora
Se amanhã não estará por aqui
Quem vou seguir
Como vou dormir
Se o meu sonho se acabou
A gente envelhece
E não aprende a lidar
Com as rugas que a vida dá
Vou te buscar todos os dias,
Até o dia em que a gente se encontrar.
Meu coração baterá por nós dois.
A vida continua sendo vida,mesmo após tantos fins.
Phelippe Duarte
Publicado terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Postado por
Phelippe Duarte
às
15:31
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