Lupi diz que ama presidente Dilma e pede desculpa por declarações Ele voltou a comentar frase de que só sairia do cargo 'abatido à bala'. Ministro do Trabalho falou na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara.

Publicado  quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, pediu desculpas à presidente Dilma Rousseff pelas declarações de que só sairia do cargo "abatido à bala" durante audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (10). Conforme apuração do jornal "O Globo, as declarações sobre sua manutenção no cargo não teriam sido bem aceitas por Dilma, que deixou claro para Lupi que ela é quem decide quem fica ou quem sai do governo.
“Presidente, desculpe se eu fui agressivo, não foi minha intenção, eu te amo”, disse Lupi durante o depoimento aos deputados - acompanhe no vídeo acima o depoimento ao vivo.
“Como vou desafiar a presidente Dilma? Eu a conheço há 30 anos. Não é cargo que nos guia na vida, é a causa”, completou Lupi. O ministro alegou inocência das acusações de suposto desvio de verbas na pasta e disse se sentir “profundamente agredido” pelas denúncias.
Lupi foi à comissão para esclarecer reportagem publicada no fim de semana pela revista "Veja" que apontou envolvimento de funcionários da pasta em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios com entidades privadas. Por conta das denúncias, o ministro Carlos Lupi afastou no sábado (5) o coordenador de qualificação da pasta.
Ele compareceu espontaneamente à comissão para evitar ser convocado. Parlamentares da oposição haviam apresentado requerimento de convocação, mas retiraram o pedido diante da iniciativa do ministro. “Vim porque considero uma obrigação. É meu dever dar explicações”, disse Lupi aos deputados.

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NUNCA HOUVE UM ADEUS                 

Se você qualificar como sentimento de perda,não pode entender o que este texto tentará entender,ou interpretar o que minhas palavras tentam compreender há dois anos.São dois sentimentos que se confundem: A presença e a ausência.
Partindo do ponto da ausência,física,você devaneia sozinho,raciocinando sobre a vida,seus últimos gestos com alguém que você ama,mas que tem medo de amar,você percebe que o não-ver,não é o melhor substituto para o tocar. O que podemos então,chamar de injusto nesta vida? Seria tão deprimente,se ainda chorasse pelos cantos,lamentando uma dor que tem como casa própria meu coração,ou seria insistência contra o destino que você mesmo construiu,que você mesmo procurou ter?E se nós lutássemos mesmo compreendendo o fim? É o que fazemos da vida meus amigos. Todos nós,aidéticos,leprosos,cancerígenos,tuberculosos,ou que sofrem de alzheimeir,chagas,pessoas saudáveis,ou não. Teremos o mesmo fim. Que a medicina prolongue o inevitável.Que o nosso amor prolongue a saudade. Estamos juntos,no mesmo barco. E até,doentes no alívio,de pensar:” Que bom,estamos vivos”. Esta retroatividade,é que machuca. Você pode não ver essa dor em mim,mas é porque sou guiado pelo melhor dos sorrisos.
Partindo do ponto da presença,é muito estranho sentir presença em sonhos,ou em determinados momentos,em que você se sente sozinho contra o mundo.Quando parece que não há solução,e que seus pés querem andar para trás,ou o seu corpo quer permanecer na cama...A presença é constante. Transformo a presença,neste sentido,quando escrevi isto com apenas 10 anos de idade e ainda tinha uma caligrafia louvável. Deu para entender,apesar do papel estar amarelado:
“ Papai,neste dia maravilhoso que o senhor completa 38 anos de idade,eu seu filho lhe dou este presente como prova do meu amor pelo senhor.Do fundo do meu peito eu lhe dou esse presente.Com muito carinho,desde que eu vi o senhor pela primeira vez eu pensei: Quem é esse,será meu papai querido? Pai eu te amo do fundo do meu peito e do coração,eu te adoro.”
Isto eu chamo de presença. Um menino de 10 anos,apaixonado pelo que ainda não entende ser como amor. Amor de pai,simples,puro,honesto. Transformo em ausência,o que escrevi quando tinha 25 anos:
“ Um lutador,armado de fé.Um homem que viveu intensamente a vida,na plenitude de Deus,na salvação da sua alma.Cleonir Ferreira Santos,um homem querido e amado por todos.A alegria de viver contagiou o seu coração e espírito,e a todos que o conheciam e não conheciam.Pai e esposo maravilhoso,digno,honrado.Amigo fiel.Sempre presente.E continuará para todo o sempre,amém”.
Presença e ausência então,se confundem no meu coração,o tempo inteiro. Depois de dois anos você começa a entender que não é como a vida nos leva,e sim como levamos a vida,que pode mudar o destino final. Eu bem que sei isso,e eu bem mais sei,que posso ter quantos anos Deus quiser me dar.Mas ainda assim,será como todos os dias,desde que o vi pela primeira vez.
Todos esquecemos as lágrimas da partida,mas nunca os sorrisos distribuídos e recebidos, em 52 anos, que ficaram nas lembranças.
Eu nunca disse adeus,e sim,obrigado.

Phelippe Duarte
Cronista e poeta

Publicado  segunda-feira, 17 de outubro de 2011

FELIZ ANIVERSÁRIO IMPUNIDADE
Não sei bem quando ela nasceu.Dizem alguns fervorosos,que quando Caim matou Abel,isto sendo colocado como o primeiro assassinato do mundo,ela já rondava no seu destino de sangue. Mas não falaremos de tempo,e sim de casos específicos. Aqui em Imperatriz,quando fez 15 anos,a impunidade comemorou como uma criança.Sorria pelas paredes,e não entre as 04 paredes.Viu o Sol redondo,e nunca quadrado. Ela,esquivando-se sempre,articula-se na política e no apontar de um gatilho,sem consciência,sem temer consequencias. Quando fez 15 anos,ninguém tinha sido preso.Foi o melhor presente para ela.
Impunidade.
Depois de completar 18 anos no dia 06 de outubro de 2011,pelo assassinato de Renato Cortez Moreira,a impunidade comemora mais um presentão.Saldo do assassinato: Salvador Rodrigues, visto como um dos mandantes do crime, e que assumiu o cargo com a morte de Renato, foi julgado e condenado pelo júri popular a 18 anos e 9 meses de reclusão, mas à época do julgamento, ganhou o direito de recorrer da sentença em liberdade. Outro que comemorou junto a impunidade,foi Geraldo Hipólito,onde  a punibilidade, que fora posteriormente extinta pela prescrição, pois o acusado já possuía mais de 80 anos de idade quando de sua pronúncia,acabou sendo esquecido totalmente deste caso. Ainda no processo, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) acolheu recursos de embargos de declaração de Ronaldo Machado Arantes e Damião Benício dos Santos, outros dois acusados da morte do eterno Prefeito, em outubro de 1993. A votação unânime determinou o retorno dos autos à Justiça de 1º grau, para que o juiz de primeira instância reinicie a instrução do processo.A impunidade até que sentiu os penetras na sua festa de aniversário,mas de nada adiantou. Livre,assim como os acusados que respondem ao processo em liberdade,a impunidade descansa em um túmulo,da família Moreira.Passados 18 anos,nada aconteceu que possamos chamar de justiça. O mármore destacado no centro do Mercado Municipal Bom Jesus,onde Renato foi brutalmente assassinado,tem escrito:  “ NESTE LOCAL,TOMBOU AO DEFENDER SEU POVO,ÀS 06:30,VÍTIMA DA VIOLÊNCIA DO CRIME ORGANIZADO VIL E COVARDE,O PREFEITO DE IMPERATRIZ RENATO CORTEZ MOREIRA”.Isso,nós chamamos de homenagem póstuma e não,justiça. Não sei,se acho correto,ou se um dia acharei esta placa correta. Quando, e se,os mandantes forem presos,estaria escrito no local da prisão “ AQUI FOI PRESO O FULANO DE TAL, QUE MANDOU MATAR RENATO CORTEZ MOREIRA,POR INTERESSES POLÍTICOS E SUJOS?”. Bom... minha família entra no mercado,e vê a placa.É um túmulo de lembranças sombrias.Um jazigo de 18 anos,impune. “É tão estranho,os bons morrem jovens,assim parece ser,quando me lembro de você”. Renato Moreira é uma bandeira que se estenderá para sempre,como um mártir de não-corrupção e não-aceitação de grupos políticos dominadores. Acredito que Imperatriz teria tomado rumos diferentes,sonhos teriam sido melhor idealizados. Pois como veio do povo e tombou no meio do povo,Renato conhecia seus anseios.
E hoje,ao batermos palmas para a impunidade,o silêncio que nos revolta é simplesmente o de não poder gritar contra a  justiça que tarda,e é falha. Presqueve a morte,mas nunca nosso sentimento de que nada mudará. Parabéns impunidade,pelos seus 18 anos de sucesso. Renato Moreira,descansa em paz,mesmo com o som de música alta da sua festinha.

Phelippe Duarte  

Publicado  terça-feira, 13 de setembro de 2011


SOU CANDIDATO A PREFEITO DE IMPERATRIZ

Desse jeito,vou me candidatar a Prefeito de Imperatriz.Tenho um histórico invejável. Aos 06 anos de idade,comecei a escrever poesia.Quando fiz 14 anos,a primeira namorada.Aos 15 anos um porrezinho,mamãe descobriu,papai cobrou não ter sido com ele. Até aí,um currículo para vereador. Depois dos 17 anos,comecei a trabalhar com publicidade.Conheci o mundo da política de forma interna,sem as bajulações normais,sem as safadezas habituais. Um ramo perigoso,onde a maior dificuldade,além das mazelas que atrofiavam a população,era qual a cor da gravata o político tinha que escolher. Tarefa complicadíssima.Tantas cores...amarelas,azuis,verdes...e o povo no vermelho.Ser político,é uma tarefa que exige um extenso currículo de faz nada. Se tiver algo,bom.Se não,que mal há?
Depois deste período,vi que sempre fui capaz de ser Prefeito daqui.Olhe meu currículo! Trabalho com publicidade desde os 17 anos,hoje sou administrador e publicitário da empresa que trabalho  junto a família,e no último aniversário,de 27 anos,domingo passado,fiz um torneio beneficente de futebol,o 1º  Torneio de Futebol de Salão Ferreira Brasília,onde arrecadei quilos de alimentos para doação. Estou pronto! Se até ajudei alguém gente,sou o próximo. Para ser candidato em Imperatriz,é só isso que basta.Ou tentar umas 6 vezes. Pronto,eleito. Qualquer um pode,por que eu,jovem promissor,com grande currículo,não posso?
Imperatriz quer aceitar o Zé,porque não o PH?
Ligação,um instante.É o Zé Dirceu,do seu quarto de hotel em Brasília,onde despacha com o total controle de nunca ter saído do governo.
- É o Phelippe Duarte?
- Sou eu sim,quem fala?
-José Dirceu.Acredite,sou eu mesmo.
-Sim,claro que acredito.Se o ilustríssimo meliante estivesse na cadeia,também acreditaria.
-É disso que precisamos! Um grande talento para encarar o povo,precisa desta língua afiada.
-O que deseja Zé?
-Você é o próximo Prefeito de Imperatriz! Tem currículo,escreve desde 2007 para o Progresso e ainda tem dois livros! Que currículo,Meu Deus! Quando comecei,eu só...bem,só conhecia as mílicas...o Lula..e era um cara legal.Sim,mas o assunto é você,topa?
- Mas José,e o que você tem com o Maranhão,aqui é história pra outro Zé rapaz.
-Deixei comigo,já estou articulando nas entranhas e estranhas coisas do governo,a sua alçada à fama.Nem a Veja vai te pegar.
-Como é?
-Esquece,me empolguei. Preciso desligar,tem um Senador pedindo conselho sobre para quem vai dar um cargo no governo.
-Eu gravei a ligação viu José.
-Tudo bem,não esquece de mandar uma cópia pra Editora Abril,eles adoram.

Com este apoio,eu estou feito. De todos os Zés que querem se candidatar em Imperatriz,eu serei o mais impetuoso,o mais astuto,o maioral. Quem ousará se candidatar contra mim? Qual o partido que não vai me querer? Se todos tem apoio,qual o pior irá vencer?
O povo tá,é com saudade da honestidade.Para ser político,por favor,deixar currículo no prédio da Prefeitura. Será que eu deixo meu por lá?

Phelippe Duarte

Publicado  terça-feira, 16 de agosto de 2011


SEGUNDO DOMINGO DE AGOSTO,MEU CALENDÁRIO ETERNO

Não,ainda não é uma data comum para mim.Certamente,é onde quero mais que o domingo seja eterno.Por que para casos como o meu,o segundo domingo de agosto,está escrito em todos os dias do calendário da minha mesa de trabalho.
Vejo que o tempo é um inimigo que se disfarça de amigo. Vem por vezes com uma doce lembrança,um sonho presencial,ignorando a ausência notável aos olhos.E por outras vezes,aparece-me como um senhor do meu horário,querendo dominar meus sentimentos passados e atuais. O tempo que eu sempre achei que precisasse para esquecer a dor de uma perda,é o tempo que mais preciso para entendê-la. O mistério é tão discreto quanto transparente. Olhe nos olhos de quem sofreu e você perceberá que ali não são apenas cor e íris. Voltando a um velho momento,em que recebo uma cortesia que a vida me dá,para visitar costumes antigos,sinto-me como criança outra vez. Ou como sempre. Eu acredito que sempre estarei perto e não ao contrário. Enxergo com frequente clareza,como seguir em frente.E como já disse antes por aqui,tenho pés de Curupira. Ainda mais neste caso,em que penso no mesmo homem todos os dias. É, soa amor,pra quem costuma ler ou escutar isso. Imerso no trabalho,não paro um minuto sequer para imaginar o por quê de tantas coisas boas acontecerem na minha família.Olho para o lado e nem perturbo minha paz. Descuido- me e deixo-me lembrar: Tenho o que conquisto,por conta dele. E conquistas,através da continuação de um trabalho e não da profissão “ingrata” de herdeiro,como muitos tem o privilégio (?) de ter.
Amo continuar o que meu pai deixou. Não do mesmo jeito,mas com os princípios e valores. Deixou-me família e trabalho. E não há herança mais prazerosa do que andar em cada esquina por onde ele passou,e ver o amor e carinho nos olhos de quem nos olham.Vejo,que a perda foi a mesma,sem ter o mesmo significado sanguineo.
Mas não são palavras de tristeza. Esta crônica é para dignificar o quão é válido termos um pai. E sermos filhos,na qualidade de quem já o teve. Não serei ufanista. Existem vários vagabundos que colocam filhos no mundo,e que seria melhor continuar no onanismo. Pilantras,extorquem seus meninos nas ruas,no tráfico,na mão –de-obra escrava. Babacas também são pais,mas não sabem o que é ser um pai. Existem diversos tipos. E os melhores,são os que marcam nossas vidas além da genética. De alguma forma,sei que sou guiado. Tenho um manche nas costas,e no controle,o velho capitão de sempre. O velho negão lobo do mar.
Quando engasgo,é porque vejo que é a hora certa de parar o texto. Só que minhas lágrimas reproduzem  palavras,e o que não consigo mais distinguir neste tipo de linguagem sentimental da razão,é que para todos os segundos domingos de agosto da minha vida,serão como todos os dias do meu calendário.
Muitos dizem adeus quando perdem. Eu disse que amava. Percebe-se a diferença exata. Meu pai de sangue e sombra guia,me olha,enquanto meu pai literário,bom e querido Luís,ri dos meus textos dando tapa na cabeça de algum anjo.
É,sempre assim. Para os papais,um grande beijo e um conselho: Olhe para o seu filho,e faça com que este olhar,seja um espelho recíproco.Redundante: Para ambos.
Enquanto pisar por estas terras,meu segundo domingo de agosto,será todos os meus dias.
Calendário tal filho,tal pai.
De repente
Nada é como o sempre
Eu visto suas roupas
Visto o seu cheiro
Mas não chego aos seus pés.
Mesmo seguindo os seus passos”

Phelippe Duarte

Mesma Coisa

Publicado  segunda-feira, 8 de agosto de 2011


É tudo a mesma coisa,às vezes olho pro dia,e penso em dirigir para casa,e mesmo sendo longe,eu rodaria uma estrada inteira,uma noite completa,para voltar.É tudo a mesma coisa. Somos procurados sem ter feito nada.E todas as ruas que ficam no meu retrovisor,tem pedaços de paixões partidas. Somos procurados,meu amor. Respirando ou não,estamos na mesma estrada.
É tudo ou nada,quando o duelo se aproxima
Voltamos para casa sem ter saído
E no meio da viagem,as coisas que mais incomodam
São a saudade dos costumes e a intolerância às novidades.


É tudo a mesma coisa
Só os nomes mudam
Elas continuam as mesmas
E quantos casos elas tiveram
Quantos!
E no meio de tantos,
Ela ainda verá a mim. 

JABOR ESTÁ CERTO?

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A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida.Lendo esta citação de um mestre,resolvi indága-lo:

Quando Jabor afirma isso,ele não me quer por perto,ou ele sempre me quis por perto? 
Sempre mostrei confiança,mesmo que no momento final. 
Sempre mostrei que o desafio,era só o tempo passar. 
E amar,amar e amar. 
Se a tradução do amor está nos beijos,no sexo e nas palavras,
O que há de menos real do que estar longe?
Estar longe é a realidade.
Se Jabor estiver certo,eu preciso ligar? 
Sentir-se amado,é saber quem você ama de verdade,
E não ter,nunca,espaço para dúvidas.
Amor não é talvez nem será. 
É real liberdade,que a vida nos dá poucas vezes: bater de frente,com o amor da sua vida.
E deixar a vida,levar você. 
Como levou?

Phelippe Duarte